A arte de desengavetar palavras...
A alma como uma gaveta: fechada ou aberta e casualmente vasculhada...
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Amores e ponto final.
Não há títulos.
Quando o seu amor não entende que quer viver momentos memórias, incríveis com ele e este não sabe aproveitar as oportunidades, não sabe surpreender, não sabe corresponder às expectativas do outro. Quer por egoísmo, quer por valorizar suas conveniências ou por não ter amadurecido.
Existe um limite de vontades, muitas vezes a gente se doa demais e não tem a reciprocidade na vida. Com isso, você se frustra por esperar demais do outro, por se envolver de corpo e alma, logo este não perceber a profundidade dos sentimentos.
O tempo vai passando, e daqui uns anos não teremos essa hora , esses dias e essa forma de amar. Ah, como eu queria dançar no mesmo passo e o acompanhar...sem acelerar, sem ser lento demais...como eu queria buscar em seus olhos o mesmo brilho que há nos meus quando te observa. A percepção não ocorre por ser diferente um do outro, por querer objetivos distintos. E o que irá acontecer com o primeiro encanto? Onde estão as flores do início? Onde está o sorriso, aquele que dizia " somos um e podemos tudo, porque queremos juntos ".
A partida do tempo, faz não lembrar dessas reminiscências como algo importante, cai no esquecimento. Então, aquele que é mais susceptível, acaba decepcionado....se sente confundido, não está na mesma sintonia. Triste é pensar que poderia ser melhor se houvesse menos praticidade e mais olhar sensível. Ao romper essa barreira, daria a sensação de completude, como é difícil chegar nesse estágio perceber a necessidade de ser juntos, pois o ser sozinho estando com alguém numa carne só , não compensa, não combinam com essas pequenas' felicidades,' empobrece a relação pela falta de noção.
Entretanto, a vida te pede espaço, inclui também a motivação e nisso, o acanhar das experiências não existentes atrapalha a extensão do amor maior. Será que seremos por tantos dissabores, sobrepondo adversidades grandes? Não dá pra medir a altura do tombo da decepção, assim como não dá pra medir o tamanho do contentamento.❤️🩹
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
O 'ser'
Ser o que sou
e vir do útero até me tornar
pó da terra.
Ser eu ...Sei o que sou?
Ser eu sujeito, sem ser perfeito
e ainda assim, buscar a perfeição.
Ser eu indivíduo metido em trajes
Ser eu dono do discurso, das convicções
Ser eu o que suporta as exigências
e que cala... quando há uma declarada
falência de argumentos.
Ser eu ...o ser que ergue a cabeça
em forma de recuperação
Ou o que cerra os punhos e luta
numa batalha constante da vida.
Ei-lo nascer com o sol
e se pôr com este. Além de se molhar
com a chuva e enfrentar suas tempestades.
Sou o eu consumo! Sou o eu produzo!
Meu tempo de sarar derramam lágrimas
e as convertem em sorrisos.
No fim, tenho a cadência dos versos
a mutação do pensamento
e os passos livres.
sábado, 27 de outubro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Meu banco, meu tempo e minha vida.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Minha visão de longe...
Precisei ficar de longe para ver o quanto temi que a escrita fosse dissolvida, dissipada no caminho da vida. Logo, eu...essa pessoa movida às emoções. Nos meus instantes...foge de mim aquele meu velho sonho de menina, viver de poesia...uma pena que voa lentamente até chegar ao seu destino.
Andréa de Azevedo, escreve com saudades...
segunda-feira, 12 de março de 2012
Continho de amor
Ele a tocou como se fosse a última vez. O corpo dela, respondeu assim como dissesse: devagar, meu bem... como quem toca um botão de uma flor colhida no campo.
Ele beija-flor, destilou o mel de seus seios... e a imagem dela era de olhos que se perdiam, no fundo dos olhos dele...seu corpo compactuava, sua alma entregue em forma de juramento. Pronta a recebê-lo, repetia entre carícias, tão baixinho: o eu te amo...
E fizeram amor como se fosse a última vez...
Eram cigarras ecoando o último canto após o ato.
Quando enfim se foi... uma noite para dar lugar ao dia:
ele a deixou entre lençóis,
dormiu seu sono profundo e partiu.
