quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

E foi só saudade...

essa vontade de te eternizar comigo.

Da minha boca arrancaste

as palavras mais doces

e a palavra fel,

num último adeus.

No meu corpo, ao tocar, num reencontro de mim,

senti, sem ti seios intumescidos...

desejos que me abrasam a pele,

numa saudade muda

desnuda e, só.

Senti, sem ti

um coração sem mácula

tratado pelo tempo

diante da foto

batida à distância.

Eu que não sei fazer música

mas sei trovar versos,

O eu errante em notas graves,

fui só,

em minutas de saudades...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


A dureza da vida faz da alma uma pedra.
Entendo os cães que xeretam o lixo nas madrugadas...
eles buscam por sobrevivência.
Viver e existir são coisas distintas.
Existo quando o corpo está em segundo plano,
tomado de aparência tronxa, de ideias rotas.
Existo quando contamino pensamentos
com falas pessimistas.
Viver é luxo.
Posso viver de mente ocupada
mas se eu viver uma vida toda e não a sentir,
estarei de barriga vazia.
A dureza da vida faz da alma uma perda,
ou quem sabe, uma conquista.
Depende de como, depende de quando
 e de quem se atreve.