sábado, 1 de janeiro de 2011

A lembrança, a primeira do ano...


Quem disse que mereces ler isto?

A fumaça do cigarro ainda invade meus pensamentos...sinto ser tragada. Logo eu, que detesto cigarro. Ao ser arrastada sou tão dependente, não do teu vício mas da vontade de te lembrar. Sou viciada em lembranças, faço delas intactas num fechar e abrir dos olhos. Então, simultaneamente, tuas mãos voltam a percorrer o meu corpo. Teus dedos, recomeçam a tocar em meu clitóris...
Te busco num olhar tenso e perdido...
Tenho lembranças bestiais com carga enorme de sentimentos...vivo de um pretexto de despudor de mim, que escorre em mim...
A incógnita da vida me bateu à porta, por intermédio de outros, te trouxe. Te fez ficar em momentos, te fez sair livremente... para levar de mim o que eu tinha de melhor: o meu amor.
Eu bem sei que não sou 'a infeliz' mas também não o tenho mais como um troféu. Embora ainda te sinta numa canção, numa foto ou nas páginas brancas de um livro.
Eu te tenho em mim como mais um, entre tantos que me fizeram sentir as pernas bambas, o coração aos pulos, digno de ser escrito entre os meus poemas.
O que seria do poeta sem a dor da flecha que corrói o peito? Eu te tenho em mim e apesar do caminhar distante, te trago nas marcas do tempo.