terça-feira, 2 de setembro de 2008

Ao jovem Neto do Bira

Digo nas entrelinhas... deixo o corpo extenuante e a alma confessa de afetos.

Pode ser estupidez, mas não apanho rosas. Fui feita para recebê-las.
A falta de um sim, nua recortei:
o seu contorno
as suas feições.
Não me importa ensaiar com olhos falhados sobre a folha.

Descrevo em curto prazo, sem refutar as declarações que hesitei enviar.


Falso encanto

Esvaziar a alma ébria da melancolia
E deitar ao lado da lua,
o corpo de mulher nua
Vibrará das suas curvas a mais linda melodia.

Mesmo que tardia
venha a insípida rotina
e intrigue a consciência libertina.
E agora? Já é dia!

Mesmo que o romance seja um falso encanto
Nesse abismo, eu me lanço
e me arrisco tanto.

Estico as mãos e alcanço
Um dia eu paro
e no outro balanço.

Pintó
Surgió interés
Surgió indecisión
Reinó el miedo
de no ser acepta.
Pinté.
Como se pinta
los colores de un lindo dibujo.
Largué
Soňé
Perdí.
Entre tantos dibujos
Quedó olvidado.

Por Andréa de Azevedo

Um comentário:

Unknown disse...

O verde dos olhos na paisagem das feições.
O brilho do querer na profundida do desejo,
uma vida pouca, adulando as ondas...
que quebram nas pedras,
que constroi a estrada do círculo,
que te volta com meu sorriso,
nessa boca sem fala.


Adorei!!! :)