segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


... O que se escreve não tem fundamento.
Nem tem perna, nem cabeça...
e pra quê ter perna e cabeça se tem poesia?
Pressenti...
Se há poesia, então vamos inalar a palavra
e depender do seu sopro de vida.
Meu retalho é sempre remendo
mas eu quero andar despida e palavrear.
Minha escrita é reserva
é confissão e juramento
da lei que me criei. A lei: sentir.
Sou o cavalo que galopa sobre a relva
ao cair da noite; solitário e liberto.
Um dia me disseram
que...
eu tinha livros engavetados n'alma.
Não acreditei tanto assim,
mas os escrevi.
Tenho dito;e
 os ditados com tempo(...

Um comentário:

Paulo Rogério disse...

Lembrou-me algo: "Se eu não respirasse poesia para existir, eu só
Viveria, Eu não seria..."
É uma experiência indizível o descobrir-se nos versos que vão desenhando a gente com o tempo...
Lembra-me que um dia senti essa solidão da poesia ainda por construir-se, nos livros engavetados n'alma...
Belo, Andréa!
Beijo!