quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ao desapego.

Ultimamente tenho sido induzida a prática do desapego. Esse desapego, é um moleque teimoso que anda batendo a minha porta com freqüência. Como não dizer que esse moleque é das antigas, pois com o passar dos anos, ele cresce e toma proporções maiores não previstas por mim. Desde o parto da minha mãe que pariu, tenho que partir para novas situações. Mas ainda estou aprendendo com a partida, ela é uma partilha que me parte ao meio.Parte meu pai de casa e vai formar outra família. Parte o meu irmão de casa mais chegado. Já não sou mais apegada a amiga da infância, ela partiu de mala e cuia para 'morar bem' em Niterói. Faço então um par de coisas e desfaço. Desfaço da minha coleção de objetos, os que já se quebraram. Já não sou mais apegada aos meus discos e a minha vitrola já não tem mais agulha. Baixo músicas na Internet e depois deleto. Eu me desapego sem sentir quando é primitivo, mas depois vem a falta. Nesse caminho caminham entes queridos que se foram, levo o meu pensamento a estes antes de dormir, faço uma prece. Desapego, mas não esqueço! Passo por lugares que não queria passar, queria eu ficar. Mas o desapego é um moleque teimoso que me dita suas regras do tempo, o tempo todo. Já não sou mais apegada a timidez, dela me despedi. Minha face não cora mais quando tiro a roupa diante de um outro. Minha face não cora mais quando tenho que ficar diante de muitos, contudo, é preciso beber um gole, se despedir, sair à francesa. A vida é efêmera e a saudade, é coisa do humano. Fazemos pedidos na passagem do ano. Nos servimos das recordações. Dos bilhetes guardados, das conversas que jogamos fora e das imagens instantâneas de uma foto. Ou dos abraços que marcaram ‘o puta momento feliz.’ Guardamos e desapegamos, em movimento, em colisão, em auto-estrada: corredor conhecido que trilhamos, até desconhecermos, até apalparmos o transitório de uma outra vez.

5 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

No entanto,vejo-te apegada ao instante.Esse mesmo instante,que me apego agora ao ver tuas gavetas abertas,que não seram esquecidas.
:)

Fabiano Silmes disse...

Entre tantas idas e vindas(em renuncias inconscientes ou não)que fique aqui registrada uma presença,um intante que teima em permanecer.

Abraços!

Unknown disse...

ei,
"todo criança cresce, vira pássaro e quer voar", acho que não vai ser diferente...e tbm tem outros pequenos por ai querendo atenção: amizade,carinho,por exempo....ate a lembrança precisa de uns momentos a sois com todos nois...eis que vão-se alguns pequenos e outros estão em portas a nos esperar...

[desculpe o comentario...foi o maximo que consegui...rsrsrs...saiu ate fumaça de minha cabeça...bjs ate..]

Bruno Mota disse...

correção, so thiaguinho é o esposo da Sheila, só que ele não não fecha o orkut dele ai acabei postando pela conta dele sem sabem...ass Bruno

ei,
"todo criança cresce, vira pássaro e quer voar", acho que não vai ser diferente...e tbm tem outros pequenos por ai querendo atenção: amizade,carinho,por exempo....ate a lembrança precisa de uns momentos a sois com todos nois...eis que vão-se alguns pequenos e outros estão em portas a nos esperar...

[desculpe o comentario...foi o maximo que consegui...rsrsrs...saiu ate fumaça de minha cabeça...bjs ate..]