Em um mundo distante...sentado, braços apoiados entre as pernas, fazendo a breve viagem infinita. Não é preciso maconha, nem chá de cogumelo, nem cocaína. Nem a bebida mais forte que corta a garganta para enrubescer os lábios.
A viagem, é o encontro do eu com o eu...e não é preciso entender. É regresso, é presente, é o esperar...E não é nada transcendental. Nem é meditação, nem papo esotérico, tampouco espiritual.
A viagem é minha. Eu não tenho religião, mas converso com Deus. Faço orações, leio o livro sagrado, apesar de não conseguir seguí-lo nem 70% rs. Sem culpas! Também, não estou orando nesse momento. O encontro não é com Deus, nem com meios de alucinações. Já disse, o encontro é comigo. Alguma vez já marcou esse tipo de encontro com o eu?
Certa vez relatei aqui que sai na porrada comigo mesmo e não houve comentários no blog. Dessa vez, não tem porrada! Ahn...o encontro que marquei comigo mesmo foi só para contar que cruzei com o meu maior inimigo.
Inevitavelmente, o 'sujo' me tocou no ombro para poder me cumprimentar. Sim, eu beijei a face do inimigo, quando na verdade, queria cuspir na sua cara, dar aquela escarrada bem nojenta! Era o que ele merecia. No entanto, os rigores da boa educação me bloquearam e fiquei sem me pronunciar enquanto o 'impostor' me seguia.
Eu apertava o passo ofegante e ele a emendar assuntos banais dissimulando verdades que não existiam. Monossilabicamente, eu respondia.
O 'perseguidor', tomou o meu caminho, subiu no elevador e parou no mesmo andar. Imaginei que poderia ter dito a ele: Não se envergonha de falar comigo? Vai para o inferno, cretino!
E se existisse chá de sumiço, eu o tomaria num gole só. Diante do 'inconveniente', eu queria abrir o chão e enterrar minha cabeça até que saísse de minha presença.
Antes de cruzar o corredor, ele acenou Até! Com uma risadinha no canto da boca. Adeus! Eu disse, aguardando que sumisse do outro lado do corredor.
14 comentários:
Ir embora, viajar,
Dar a volta ao mundo sem sair do lugar.
Juntar o bem contra o mal e ver quem é quem vai vencer!
Somos filhos de Deus,
temos a espada sagrada...
temos força e não queremos perder.
Que venha o pior... pode vir...
Não vamos correr!
Olá Andréia!
Mais uma vez “viajei” em teu blog.
Encontrar o próprio eu e dizer algumas verdades para ele é o que muitos querem, mas, sempre um pouco mais, invadir o inconsciente causa distúrbios em alguns. Por isso é preciso ter um pouco de controle e frieza.
Foste bem!
Abraços...
que bom voltar aqui. que bom ler teus textos e olhar teu sorriso.
Quero agradecer tambem pelo teu carinho no comentario deixado no blog...
eu volto um dia com certeza.
mas mesmo estando longe, estarei sempre as ordens.
mauriziobersani@hotmail.com
beijos pra vc.
oi, estou passando para te ver de novo. ainda continua a postar... parabens, espero que não seja egocentrica e responda em seu proprio blog. se uma amizade a mais não lhe for util, exclua meu comentario
beijos. te adoro
É um grande desafio conviver com esse eu-inconveniente... E arte desvendar o que nele seja uma boa proposta ou um escabroso reflexo de nossos atos... Ele nos assusta, pois subjuga até nossa rebeldia admitida...
Beijo!
Olá! muito profundas suas palavras! Eu mesma não consigo descrever esse inconveniente, e por enquanto ele ainda é conveniente em mim. Parabéns!
Encontrei por acaso em outro blog.
Queridos, como de costume, venho agradecer a companhia de vocês. São as visitas de vocês que põe o meu blog de pé.
Deyse! Seja bem-vinda!
Beijos fraternos!
Andréa.
"INCONVENIENTE"
As vezes por ser tudo , as vezes por sermos nos mesmos... As vezes uma lágrima que cai.Inconveniente ser... durmo com esse barulho muitas vezes.
LINDO, BEIJOS!!!
ainda não postou nada! ta dormindo ou tem outro blog? não sabe que isso vicia? são os ovos de pascoa? quer ajuda para deixar seu blog bonito como o meu? beijo e abraço.
petrucian, eis aí a postagem de abril que tanto esperas rs, isto, para início.
Até!
Não me lembro como cheguei aqui, lembro q gostei daqui, relendo agora, gostei mais uma vez, ou seja, você escreve de uma forma q me prende atenção. Não é pra isso q escrevemos, pra ser lidos! Pois é, vc me agrada a leitura, por isso linkei aqui.
Pablo T.
Essa ideia de escrever pra ser lido.Me lembra uma declaração de Michel Tournier “Escrevo para ser lido. Considero-me um artesão em casa, trabalhando neste objeto manufaturado, destinado a ser posto à venda, um livro”.
Acho linda essa declaração e a usei na minha monografia de pós. Apesar de ainda ser uma humilde escritora de blog.rs
Apareça aqui sempre que quiser.
Bjos!
Andréa.
Marcar um encontro com si mesmo é muito importante para a maturidade e sensibilidade, mas tal introversão é para poucos capacitados e interessados em tal aprofundamento, sendo essa viagem mental exclusiva para pessoas profundas, as pessoas superficiais estão preocupadas demais com outras pessoas, isso evita que elas crescam interiormente. Ser introvertido e solitário é bom, mas esse prazer é tão nosso que quem não é compreensivo e empático estará distante de entender essa sintonia intrapessoal, podendo julgar-nos como loucos ou esquisitões, o que por sinal é ótimo, pois de gente fútil e superficial o mundo está cheio e pelo menos eu gosto de estar distante dessas estatísticas.
Sobre a escarrada bem nojenta você me fez lembrar daqueles filmes e novelas em que os protagonistas cospem fininho, caso fosse eu a cuspir, certamente capricharia no catarro tentanto sugar o máximo de sujeira de dentro de mim, para dar uma escarrada grossa e podre para abrir um capuz quando estourasse na face do meu inimigo... Ah... pelo menos 25 ml de cuspe bem grosso e amarelo esverdeado eu consigo cuspir. Hehehe.
Bom texto. Chato é esse captcha para validar meus comentários. rs
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