segunda-feira, 12 de julho de 2010

Se dizias eu te amo


era de coração na boca,


muito engolia vento de orgulho.




Vestido decotado

trazia umas pernas desnudas.


Pavio acesso

Rodava sua baiana

se fosse preciso.


Ah...se o corpo fervia

comê-la por vezes...de frente,

em pé e de quatro.


Corria nas veias

um sangue latino, erotizado.


Marcava desenhos na pele de amante

com unhas, com dentes

vestígios de boa cama.


Saciação.


E se ainda te lembras,

silencias.

Em luz apagada,

se queda nua:

a cama espaçada,

a sombra de corpo,

encolhida do escuro.

6 comentários:

Anônimo disse...

Saciação.

Renata de Aragão Lopes disse...

Erótico na medida!

Decerto,
escrito numa madrugada insone! : )

Beijo,
Doce de Lira

Batom e poesias disse...

Sensual e triste.

Adorei o verso: "muito engolia vento de orgulho"

Beijos
Rossana

Paulo Rogério disse...

Paixão... Águas passadas...
Beijo!

Vitória de Melo Bispo disse...

Andréa, que lindo!
De admirar-se, mesmo.
Sacia, literalmente, quem vem aqui procurando algo interessante.
Eu vim. Achei.

Obrigada!
Saudades dos teus pensamentos...


ps.: recebi seu e-mail! Saiba que estou torcendo muito pra que você se saia bem em seu TCC e sei que vai.
Qualquer coisa que precisar, me avisa, tá?
Beijão, querida.

Desengavetados disse...

Grata pelos comentários de vcs...ando arriscando com poesias eróticas, sem tornar nada vulgar.
A leitura de vcs é sempre meu termômetro.

Beijoss!

Andréa.