A alma como uma gaveta: fechada ou aberta e casualmente vasculhada...
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Acabou.
Já faz um tempo que levo para aceitar “o final”.
Talvez tenha acabado materialmente no mundo, reduzido a cinzas, a pó.
Do contrário, aqui dentro, está em aberto, queima, dói.
Não quero parecer fraca, guardo.
Vou engolindo a seco...
O tempo te faz 'eu cair no esquecimento'.
Vou engolindo a seco
esse orgulho retido na alma. Ah, dói.
Digo pra mim mesma:
Ei, Baby! Acabou!
Olha a lição de casa: esqueça!
E o coração não escuta, só senti...
E se te escapo, consegues encostar em mim
sobrepondo os ressentimentos
fazendo-me lembrar como tola.
Digo pra mim mesma:
Ei, Baby! Errar...todos errarão um dia com você. Por que não aceitar
que o amor não é fraqueza!?
Ainda que o vento faça cair uma árvore em sua cabeça...e perca os sentidos...
Ah, Baby! Como amou... com tantas reticências na vida.
E a ti, uns erros recai que...por favor!
Ah, Baby! Aprenda a perder
e deixar que se vá de vez.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Certa vez alguém me contou que a vida é um corredor estreito, onde se passa. E de fato, assim é...
um corredor que se passa. Escuro, deserto, habitável ou iluminado, não importa. Importa é passar. Passar por ele, cheio de portas.Tudo que sei é que... no caminho, é preciso passar e ir fechando algumas portas, para poder abrir outras. Labiríntica trajetória, mas isso é para poucos.
Se eu abro a porta do meu trabalho, vejo que é preciso fechar a porta do mundo lá fora, sem deixar que meus problemas invadam o ambiente e impeçam a minha produtividade. E se por acaso, estou no corredor da vida e meu filho grita por mim pedindo socorro? Tenho que fechar a porta do lugar que entrei e abrir a outra, pra correr em direção a meu filho. Contudo, se eu abro a porta do conhecimento, tento deixá-la entreaberta para que na próxima porta, eu possa me valer de alguma sabedoria. Então vejo que fechar uma porta e outra é relativo.
Há lugares que eu passo que é preciso deixar uma porta aberta...depende da situação. O corredor é reto e pode desviar para as laterais, equiparar em transversais. Nós é que não devemos transviar os caminhos ou abrir e fechar portas erradas para depois, não se sentir perdido. Entrem tantos em entretantos, dar com a "cara na porta", faz parte. Faz reiniciar a caminhada.
Perseguir a linha da vida e passar pelo corredor é a maior experiência do homem. Crie oportunidades, tenha discernimento. Afinal, a travessia é longa, surpreendente e segue até se repetindo...ainda que seja imensa essa nossa vida, ela se faz passagem, se faz breve. Pensemos nisso.
Perseguir a linha da vida e passar pelo corredor é a maior experiência do homem. Crie oportunidades, tenha discernimento. Afinal, a travessia é longa, surpreendente e segue até se repetindo...ainda que seja imensa essa nossa vida, ela se faz passagem, se faz breve. Pensemos nisso.
A vida...
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Um motivo
Uma pétala arrancada
que seja!
precisa virar poesia.
Eu que de poeta deixei a boemia
Pus meu violão na capa e parti.
Eu que de poeta deixei
uma sombra pálida e muitos a esperar
com algumas palavras.
A retornar...
Um motivo
Uma folha arrancada
que seja!
precisa virar poesia.
Precisa virar poesia
para que as palavras
sejam espanadas do tempo rotina.
Sentido da vida
Sentida é a vida
por querer poesia.
Um motivo
Um verso arrancado
que seja!
precisa virar poesia.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Uma nota
Faz tanto tempo
que não dou uma nota.
Faz tanto tempo que... o tempo,
se encarregou de dizer sozinho.
Faz tanto tempo...
Meu sorriso a meio boca
e as palavras como ondas
em bruta ressaca...
e as palavras como ondas
em brandos afetos...
ah...elas pedem seus momentos.
Um aceno entre as vidraças...
De quando em quando,
se assistem os caminhos e por vezes,
passamos sem darmos conta.
que não dou uma nota.
Faz tanto tempo que... o tempo,
se encarregou de dizer sozinho.
Faz tanto tempo...
Meu sorriso a meio boca
e as palavras como ondas
em bruta ressaca...
e as palavras como ondas
em brandos afetos...
ah...elas pedem seus momentos.
Um aceno entre as vidraças...
De quando em quando,
se assistem os caminhos e por vezes,
passamos sem darmos conta.
Faz tempo que não dou uma nota.
Um cantar uníssono,
ando desafinando pela vida...
Se esperam de mim?
Pareço que não caibo nessa vida.
Pareço que não caibo no poema
Dá licença, Ferreira Gular!
Dá licença, Drummond de Andrade!
Estou cheia de tanta filosofia e dinheiro parco.
E pra não passar em branco é que eu dou essa nota,
nas margens de um livro que ainda não foi escrito.
quarta-feira, 9 de março de 2011
De mãos postas e de súplica, faço a oração matinal. Um intuito de ser uma mulher melhor do que sou. Enquanto tantos acordam nessa quarta de cinzas em ressacas de carnaval, vou recolhendo as minhas cinzas e me preparando para as emoções de um ano que se segue...
Abro a janela e um outono de sol tímido, se desprende em chuvas...medito. Um ar penetra em meus póros, me autoafirmo. O pensar sem muito questionamento, sem querer atravessar o vale das pequenas "solidões".
Faço o último pedido, rogo:
_Que Deus me guie na trajetória da vida!
Amém.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
E foi só saudade...
essa vontade de te eternizar comigo.
Da minha boca arrancaste
as palavras mais doces
e a palavra fel,
num último adeus.
No meu corpo, ao tocar, num reencontro de mim,
senti, sem ti seios intumescidos...
desejos que me abrasam a pele,
numa saudade muda
desnuda e, só.
Senti, sem ti
um coração sem mácula
tratado pelo tempo
diante da foto
batida à distância.
Eu que não sei fazer música
mas sei trovar versos,
O eu errante em notas graves,
fui só,
em minutas de saudades...
essa vontade de te eternizar comigo.
Da minha boca arrancaste
as palavras mais doces
e a palavra fel,
num último adeus.
No meu corpo, ao tocar, num reencontro de mim,
senti, sem ti seios intumescidos...
desejos que me abrasam a pele,
numa saudade muda
desnuda e, só.
Senti, sem ti
um coração sem mácula
tratado pelo tempo
diante da foto
batida à distância.
Eu que não sei fazer música
mas sei trovar versos,
O eu errante em notas graves,
fui só,
em minutas de saudades...
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
A dureza da vida faz da alma uma pedra.
Entendo os cães que xeretam o lixo nas madrugadas...
eles buscam por sobrevivência.
Viver e existir são coisas distintas.
Existo quando o corpo está em segundo plano,
tomado de aparência tronxa, de ideias rotas.
Existo quando contamino pensamentos
com falas pessimistas.
Viver é luxo.
Posso viver de mente ocupada
mas se eu viver uma vida toda e não a sentir,
estarei de barriga vazia.
A dureza da vida faz da alma uma perda,
ou quem sabe, uma conquista.
Depende de como, depende de quando
e de quem se atreve.
sábado, 1 de janeiro de 2011
A lembrança, a primeira do ano...
Quem disse que mereces ler isto?
A fumaça do cigarro ainda invade meus pensamentos...sinto ser tragada. Logo eu, que detesto cigarro. Ao ser arrastada sou tão dependente, não do teu vício mas da vontade de te lembrar. Sou viciada em lembranças, faço delas intactas num fechar e abrir dos olhos. Então, simultaneamente, tuas mãos voltam a percorrer o meu corpo. Teus dedos, recomeçam a tocar em meu clitóris...
Te busco num olhar tenso e perdido...
Tenho lembranças bestiais com carga enorme de sentimentos...vivo de um pretexto de despudor de mim, que escorre em mim...
Te busco num olhar tenso e perdido...
Tenho lembranças bestiais com carga enorme de sentimentos...vivo de um pretexto de despudor de mim, que escorre em mim...
A incógnita da vida me bateu à porta, por intermédio de outros, te trouxe. Te fez ficar em momentos, te fez sair livremente... para levar de mim o que eu tinha de melhor: o meu amor.
Eu bem sei que não sou 'a infeliz' mas também não o tenho mais como um troféu. Embora ainda te sinta numa canção, numa foto ou nas páginas brancas de um livro.
Eu te tenho em mim como mais um, entre tantos que me fizeram sentir as pernas bambas, o coração aos pulos, digno de ser escrito entre os meus poemas.
O que seria do poeta sem a dor da flecha que corrói o peito? Eu te tenho em mim e apesar do caminhar distante, te trago nas marcas do tempo.
Eu bem sei que não sou 'a infeliz' mas também não o tenho mais como um troféu. Embora ainda te sinta numa canção, numa foto ou nas páginas brancas de um livro.
Eu te tenho em mim como mais um, entre tantos que me fizeram sentir as pernas bambas, o coração aos pulos, digno de ser escrito entre os meus poemas.
O que seria do poeta sem a dor da flecha que corrói o peito? Eu te tenho em mim e apesar do caminhar distante, te trago nas marcas do tempo.
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